Alimentação escolar: nutricionista faz mais do que preparar cardápios saudáveis

ASCOM-FNDE (Fortaleza, 16.9.09) - Não basta preparar cardápios saudáveis, respeitando os hábitos alimentares locais e usando produtos da agricultura familiar. Para os nutricionistas estaduais e municipais ligados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as atribuições são muito mais amplas. Eles devem acompanhar a aquisição dos alimentos, a preparação das refeições e sua distribuição aos alunos; garantir a oferta semanal de, no mínimo, três porções de frutas ou hortaliças para cada criança; fazer testes de aceitabilidade das refeições com os estudantes; zelar pelo controle higiênico-sanitário das cozinhas e dos refeitórios; fazer a avaliação nutricional de todos os alunos da rede de ensino; ajudar na elaboração do edital de compras dos produtos que serão usados na alimentação escolar; formar mão-de-obra especializada no preparo das refeições; promover a educação nutricional; e, ainda, desenvolver projetos e pesquisas.

Se as novas normas da alimentação escolar dão ao nutricionista um papel de relevância em todo o processo, transformando-o em responsável técnico pelo Pnae nos estados e municípios, elas também cobram um envolvimento maior no trabalho. Mas nada disso assustou os quase 200 profissionais nordestinos que, desde ontem, se reúnem no Encontro de Nutricionistas do Programa Nacional de Alimentação Escolar na Região Nordeste, que prossegue até amanhã, 17, na capital cearense. Nesta manhã, terminada a palestra em que a coordenadora geral do programa, Albaneide Peixinho, expôs as mais recentes obrigações dos envolvidos com a alimentação escolar, a plateia aplaudiu de pé o que está sendo visto pela categoria como um avanço fundamental ao bom êxito do programa.

Mudanças – As novas regras para a atuação do nutricionista que trabalha com a alimentação escolar foram estabelecidas pela Lei nº 11.947/2009 e pela Resolução nº 38/2009 do FNDE. Além de tratar das atribuições desses profissionais, a legislação traz mudanças importantes para uma alimentação saudável. Entre outras coisas, proíbe a compra de refrigerantes, refrescos artificiais e bebidas de baixo teor nutricional com os recursos do FNDE, restringe o uso de enlatados, embutidos, doces e alimentos com elevada quantidade de sódio na merenda escolar.

A Resolução nº 38/2009 determina, também, que pelo menos 30% dos recursos federais destinados à merenda escolar sejam usados na compra da agricultura familiar, com prioridade para os produzidos em assentamentos da reforma agrária, comunidades quilombolas e indígenas. Diante dessa exigência, a partir de agora o nutricionista precisará se informar sobre os alimentos feitos pelos pequenos produtores locais, adequar os cardápios escolares a esses produtos, elaborar a lista de compras de cada um desses gêneros e pedir ao gestor sua aquisição.

Conheça a programação do encontro.


Assessoria de Comunicação Social
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